O que é taxa de câmbio? Guia completo com as informações que você precisa saber!

Imagem de um computador mostrando um gráfico, que ilustra os movimentos de uma taxa de câmbio.

A taxa de câmbio nada mais é do que o preço da moeda de um país em relação à moeda de outro país. Ou seja, é o valor de uma moeda estrangeira calculada em moeda nacional. Confira todas as informações neste artigo!

Toda empresa ou pessoa que precisa fazer ou receber uma transferência internacional se depara com a taxa de câmbio. Mas, afinal, o que ela significa, por que é cobrada, quais são os principais tipos e como é calculada?

Essas e outras informações você encontra nos tópicos a seguir. Desenvolvi esse guia completo com o objetivo de ajudar você a entender as principais informações sobre a famosa taxa cambial. Vamos lá?

Sumário

O que é taxa de câmbio, afinal?

A taxa de câmbio nada mais é do que o preço da moeda de um país em relação à moeda de outro país. Ou seja, é o valor de uma moeda estrangeira calculada em moeda nacional. No caso do dólar, por exemplo, se a cotação atual marca R$ 5,00, então essa é a taxa para converter real (BRL) em dólar (USD). Isso significa que, nessa hipótese, para comprar um dólar no Brasil, seria necessário desembolsar cinco reais (sem considerar os tributos e spreads, cuja soma é mostrada pelo VET – Valor Efetivo Total).

Nos termos econômicos, a taxa cambial é peça-chave para o funcionamento e rentabilidade do comércio internacional, assim como para a competitividade global de um país.

Isso porque é ela que determina, por meio do mercado cambial, quanto vale uma moeda em relação a outra. Essa precificação tem, por exemplo, impacto nos produtos de supermercado, no comércio em geral e no turismo.

Como funciona a taxa de câmbio e para que serve?

De um modo geral, podemos dizer que a taxa de câmbio funciona como um indicador do preço de uma moeda estrangeira para as transações internacionais, como as operações de comércio exterior, investimentos e viagens para outros países.

Determinada pelo mercado cambial, no qual as moedas são compradas e vendidas, a taxa de câmbio é utilizada como referência pelas instituições financeiras e empresas especializadas em operações de câmbio para converter a moeda de um país pela moeda de outro país, seja para operações de importação e exportação, seja para remessas internacionais.

Essa taxa serve, portanto, para estabelecer parâmetros de preço na conversão de moedas entre países diferentes.

Quais tipos de taxas de câmbio existem?

Há diferentes tipos de taxas de câmbio no mercado, como a fixa (que é determinada pelo governo de um país), a flutuante (que é determinada pelo mercado de câmbio), a nominal (valor corrente de uma moeda em relação à outra) e a real (que é ajustada pela inflação).

A seguir, explico melhor cada uma delas, descrevendo suas respectivas características.

Câmbio fixo

A taxa de câmbio fixa é uma modalidade em que o governo ou o banco central de um país estabelece o valor da moeda local em relação a uma moeda de referência, que geralmente é o dólar americano. Na prática, essa taxa é determinada de cima pra baixo, por meio de intervenções no mercado de câmbio. Até 1999, o Brasil utilizava esse sistema de câmbio fixo.

Câmbio flutuante

Já a taxa de câmbio flutuante é determinada de forma livre pelo mercado financeiro, cujas cotações variam de acordo com a relação entre oferta e demanda por diferentes moedas.

A partir de 1999, o Brasil passou a adotar esse regime de câmbio flutuante, em que o valor do real em relação ao dólar varia periodicamente (a cada segundo).

Câmbio nominal

Sabe aquela cotação das moedas estrangeiras exibida no Google ou em sites de notícias? Essa cotação é a taxa de câmbio nominal. No mercado, ela também é conhecida como taxa de referência.

Essa modalidade refere-se ao valor corrente — e exato — de uma moeda em relação a outra, sem ajustes inflacionários. Por exemplo, se um dólar equivale a cinco reais, essa é a taxa de câmbio nominal.

Câmbio real

A taxa de câmbio real, assim como a nominal, representa o preço de uma moeda estrangeira em relação à outra, com uma diferença crucial: nessa modalidade, a taxa cambial é ajustada pela diferença de inflação entre os dois países. Ou seja, essa taxa considera a inflação no cálculo, refletindo, dessa forma, o poder de compra das moedas.

Qual é a diferença entre taxa de câmbio real e nominal?

Conforme expliquei acima, a taxa de câmbio nominal consiste no preço exato de uma moeda em relação à outra moeda. É essa taxa que os jornais e sites de notícias utilizam para informar a cotação. Já a taxa real considera a inflação e o poder de compra de uma moeda diante do seu par.

Resumindo, podemos dizer que a taxa de câmbio nominal reflete a relação entre oferta e demanda das moedas estrangeiras, enquanto a taxa de câmbio real inclui no cálculo elementos econômicos como a inflação e o verdadeiro poder de compra das moedas, isto é, o valor do dinheiro.

Quem determina a taxa cambial do país?

No regime flutuante, que é adotado no Brasil atualmente, a taxa de câmbio é determinada pelo mercado de câmbio, no qual há a relação entre oferta e demanda por diversas moedas estrangeiras. Os players desse mercado cambial são constituídos pelos bancos, investidores e governo.

Já no regime fixo, a taxa de câmbio é determinada por bancos centrais ou governos, que intervêm diretamente no mercado com a compra e venda de moedas para manter a taxa cambial no patamar desejado. No Brasil, por exemplo, antes de 1999, o real chegou a ter paridade com o dólar de um para um. Nessa época, o país adotava o regime de câmbio fixo.

Como a taxa de câmbio é calculada?

O cálculo da taxa de câmbio varia conforme o regime cambial adotado em cada país. Em países que adotam o sistema de câmbio flutuante, por exemplo, como é o caso do Brasil, a taxa é calculada e definida com base na oferta e demanda das moedas negociadas no mercado cambial, considerando diversos fatores econômicos, como taxa de juros, inflação, estabilidade econômica e política, balança comercial, entre outros.

A seguir, descrevemos com mais detalhes alguns desses componentes utilizados para calcular a taxa de câmbio:

  • Taxas de juros: quando um país aumenta, por exemplo, sua taxa de juros, a tendência é que atraia mais investimentos estrangeiros, aumentando, assim, a demanda por sua moeda que, dessa forma, se valoriza. Mas é preciso que haja um equilíbrio nessa dinâmica, pois se a taxa for muito alta, ela pode prejudicar a economia e os financiamentos das empresas.
  • Inflação: nos países com índices altos de inflação, a tendência é que a moeda se desvalorize diante de divisas de países com inflação mais baixa. Cada indicador econômico é utilizado pelo mercado financeiro para precificar uma moeda.
  • Estabilidade política e econômica: essa é uma variável importantíssima no mercado de câmbio. Discursos e atitudes políticas na economia formam o preço das moedas, principalmente quando vindas de autoridades como os presidentes da república e do banco central. Países com maior estabilidade econômica, com equilíbrio fiscal, tendem a atrair mais investimentos e, como consequência, valorizam suas moedas.
  • Balança comercial: outro pilar importante na precificação de moedas é o fluxo de exportações e importações. Superávits comerciais (volume maior de venda do que de compra no mercado internacional) promovem mais a entrada de dólares e podem valorizar a moeda local. No caso de déficits, o efeito tende a ser contrário.

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Como a taxa cambial influencia na economia?

A taxa de câmbio afeta a competitividade das exportações e importações, a balança comercial, a inflação e os investimentos estrangeiros como um todo. Uma moeda forte pode tornar as exportações mais caras e as importações mais baratas, enquanto uma moeda fraca pode fazer o oposto.

Veja, a seguir, como a taxa cambial tem um impacto significativo na economia de um país e no dia a dia das pessoas:

  • Exportações e importações: quando a moeda local está desvalorizada, as exportações das empresas ficam mais baratas e competitivas. Por outro lado, as importações encarecem. Se, nesse cenário, as indústrias exportadoras podem se beneficiar, os consumidores e as empresas que dependem de insumos importados são prejudicados.
  • Inflação: nesse sentido, uma moeda nacional desvalorizada pode, também, aumentar a inflação no país, justamente pelo fato de os produtos importados ficarem mais caros. O impacto dessa dinâmica na vida das pessoas é direto, seja nas compras nos supermercados, seja na aquisição de produtos no comércio.
  • Investimentos estrangeiros: enquanto uma moeda mais forte pode atrair mais investimentos, uma moeda fraca, dependendo de outros fatores, pode afastá-los, prejudicando a entrada de dólares.

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Como a taxa de câmbio afeta o caixa das empresas?

A taxa de câmbio tem impacto direto no caixa de todas as empresas, principalmente nas importadoras e exportadoras. Isso porque as variações cambiais podem alterar os custos de produção, os preços de venda ou de compra, assim como as margens de lucro.

Quando a taxa cambial está em alta, por exemplo, as receitas das empresas exportadoras crescem e, de um modo oposto, as compras das empresas importadoras ficam mais caras.

Acontece o contrário também: quando a taxa de câmbio está em baixa, menos as exportadoras recebem e, por outro lado, as importações ficam mais baratas.

Esses mesmos cenários podem ser usados para empresas em geral que precisam fazer remessas internacionais para o exterior ou receber, a exemplo das facilitadoras de pagamentos internacionais o demais prestadores de serviços de eFX.

Qual é a taxa cambial utilizada na exportação e exportação?

Nas operações de importação e exportação, é utilizada a taxa de câmbio comercial para fazer ou receber pagamentos do exterior. A cotação comercial, na verdade, é a que baliza todas as transferências internacionais realizadas por empresas.

A taxa de câmbio turismo só é utilizada nas transações de compra e venda de moeda estrangeira para fins de viagens, por meio de dinheiro em espécie ou cartão pré-pago.

Onde a taxa de câmbio é mais barata?

Geralmente, as empresas 100% especializadas em câmbio, como é o caso da B2Gether, são as que praticam as taxas cambiais mais baratas e vantajosas para o câmbio comercial.

Essas empresas oferecem taxas competitivas e serviços de câmbio personalizados, intermediando diferentes tipos de transferências internacionais, reduzindo a parte burocrática e auxiliando na gestão de riscos cambiais e na otimização do processo cambial.

Como a taxa de câmbio varia conforme a instituição (nos grandes bancos, há um tipo de taxa, nas corretoras há outro tipo, e assim consequentemente), o ideal é pesquisar e comparar cotações (de preferência o VET) para encontrar a melhor taxa para o seu negócio.

Pois quanto menor é a taxa de câmbio, mais seu negócio ganha quando recebe para o exterior, e menos paga quando precisa enviar recursos para uma conta em outro país.

Espero que esse guia sobre a taxa de câmbio seja útil para você. Caso queira fazer uma cotação com a B2Gether e saber como podemos ajudar sua empresa economizar, preencha o formulário abaixo e a gente entra em contato com você. Abraços e até a próxima!

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Diego Zia

Diego Zia é sócio-fundador e CEO da B2Gether, empresa especializada em operações de câmbio e mass payments. Com passagens por bancos de câmbio de renome no Brasil e no mundo, desenvolveu uma sólida carreira no mercado financeiro, com foco em transações cambiais para empresas e pessoas.

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