O fechamento de câmbio na importação é uma etapa financeira obrigatória para a sua empresa pagar um fornecedor no exterior e liquidar a compra dos produtos importados. Neste artigo, mostramos a você um passo a passo de como fazer essa transação com economia, segurança e praticidade.
Se você precisa saber como fazer o fechamento de câmbio na importação de um jeito econômico, seguro e prático, está no lugar certo. Neste artigo, vou trazer para você, importador, as principais informações sobre esse processo de pagamento internacional.
O sucesso financeiro de uma empresa importadora se consolida e ganha escala quando o negócio domina as boas práticas cambiais. Falo isso por experiência própria. Aqui na B2Gether, atendemos diferentes empresas que fazem importações com recorrência, e é impressionante a influência das operações de câmbio no resultado financeiro.
Acompanhe os tópicos a seguir e vamos, juntos, entender como fazer o fechamento de câmbio da sua importação com mais qualidade e menos custos.
Sumário
O que é o fechamento de câmbio na importação?
O fechamento de câmbio na importação consiste no processo financeiro de converter a moeda local para a moeda estrangeira, com o objetivo de liquidar o pagamento ao fornecedor dos produtos (ou serviços) situado em outro país.
Geralmente, a moeda utilizada nas transferências internacionais é o dólar. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a moeda dos Estados Unidos representa, respectivamente, 95% das operações de exportação no Brasil e 82,5% das importações realizadas pelo país.
Esse procedimento é realizado via canais bancários internacionais e envolve algumas etapas burocráticas, como contratação de câmbio, cadastro financeiro e envio de documentos comprobatórios. Vou abordar tudo isso mais à frente.
Como funciona essa operação cambial?
O funcionamento desse tipo de operação é conduzido por uma empresa especializada em operações de câmbio ou por uma instituição financeira, ambas devem ser registradas no Banco Central no Brasil.
É essa empresa (ou instituição) que vai intermediar todo o processo para você fazer o pagamento da importação no exterior, negociando os prazos, a taxa de câmbio e todos os trâmites necessários para viabilizar a transferência internacional, em conformidade com a legislação.
Quando eu comecei a trabalhar no mercado de câmbio, lá em 2007, as operações de comércio exterior eram marcadas pela burocracia e pela demora na liquidação. Hoje, com o Novo Marco Cambial e o surgimento de players que atuam como facilitadores, fazer o fechamento cambial se tornou muito mais prático e simples. A burocracia ainda existe, mas é bem menor do que antes.
Qual é o procedimento para realizar um fechamento de câmbio na importação?
O processo para o fechamento de câmbio inclui, em geral, três etapas que garantem a conformidade legal e a segurança da transação, como a contratação do câmbio junto a uma empresa autorizada, a negociação da taxa cambial e a liquidação da operação no exterior.
A seguir, eu explico cada uma delas.
Etapas do fechamento de câmbio na importação (como fazer)
Passo 1 – Contratação do câmbio
O primeiro passo para fazer o fechamento da operação de importação é procurar, conforme eu expliquei acima, uma instituição financeira autorizada ou uma empresa especializada em câmbio registrada no BC, como é o caso da B2Gether.
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Nessa etapa, o banco, a corretora ou a empresa especializada passa a cotação (quanto vai custar a conversão), a lista de documentos necessários (que comprovam e validam a transação) e os prazos para análise de compliance e liquidação no exterior.
Passo 2 – Negociação das taxas
Depois de escolher a instituição, o próximo passo é negociar a taxa de câmbio, cuja cotação final (a qual tem o nome de VET – Valor Efetivo Total) reúne a taxa nominal do câmbio no momento do fechamento, as alíquotas que incidem sobre a operação (como o IOF, por exemplo), o spread cambial (margem de custo e lucro do banco) e outras tarifas que podem ser cobradas.
Costumo dizer que fazer câmbio no Brasil custa caro. Por isso, é muito importante escolher uma empresa que pratica taxas baixas e adotar algumas boas práticas para economizar. Falo um pouco sobre elas no fim desse artigo.
Passo 3 – Liquidação da operação
Depois que o importador acerta as condições, envia todos os documentos necessários e tem a aprovação do compliance, então a empresa especializada em câmbio ou a instituição financeira realiza o fechamento da operação (conversão da moeda nacional para a estrangeira) e envia os valores para a conta estrangeira do fornecedor.
Esse procedimento é o que chamamos de fechamento de câmbio.
Quais são as modalidades do fechamento de câmbio na importação?
Existem três modalidades principais para o fechamento de câmbio na importação. São elas: o pagamento antecipado, o pagamento à vista e o pagamento a prazo.
A seguir, falo mais também sobre cada uma delas.
Fechamento de câmbio antecipado
O fechamento antecipado é uma modalidade em que o pagamento da importação é realizado ao fornecedor antes do embarque dos produtos. Para tanto, é necessário ter a Fatura Pro Forma, informando os entes da negociação (quem importa e exporta), a quantidade de mercadoria comercializada, o valor total do lote, a previsão de embarque e os dados bancários do fornecedor.
Essa modalidade pode oferecer algumas vantagens, como descontos, por exemplo, pois dá garantias ao vendedor. Mas, por outro lado, envolve risco e demanda confiança no fornecedor.
Fechamento de câmbio à vista
Já o fechamento à vista é uma modalidade em que o pagamento ao fornecedor ocorre assim que os produtos desembarcam no país (antes do desembaraço). Trata-se de uma das formas mais comuns e seguras no mercado de comércio exterior.
Para concretizar a transação bancária, é necessário ter uma cópia do conhecimento de embarque, a fatura comercial (com os dados do exportador) e o packing list (romaneio de carga).
Fechamento de câmbio a prazo
O fechamento a prazo, por sua vez, é uma modalidade em que o pagamento da importação é feito em uma data futura, após a chegada dos produtos. Esse formato de pagamento é, também, bastante utilizado, pois ajuda as empresas a aliviarem seus fluxos de caixa. Mas, por ser a prazo, pode envolver juros.
Assim como no pagamento à vista, para adotar essa modalidade é preciso ter documentos, como: a cópia do conhecimento de embarque, a Declaração de Importação (DI), o Comprovante de Importação (CI), além da fatura comercial e do packing list.
Quais são os tipos de câmbio nessa transação?
Quando falamos de fechamento de câmbio na importação, precisamos considerar que existem dois tipos principais de conversão: o câmbio pronto e o câmbio futuro.
Câmbio pronto
É um tipo de operação em que a conversão da moeda nacional para a estrangeira é realizada imediatamente após a contratação, utilizando, dessa forma, a taxa cambial do momento. Essa cotação varia a todo instante e é preciso ter estratégia e expertise para fechar o câmbio de forma adequada.
A liquidação pronta é voltada para empresas que precisam realizar a operação e pagar o valor em dois dias, sem ter risco de crédito.
Câmbio futuro
Trata-se de um tipo de operação em que a taxa de câmbio (preço da moeda estrangeira) é fixada para uma data futura, protegendo o importador das variações cambiais.
A liquidação futura serve para empresas que precisam travar a taxa do câmbio para ter mais previsibilidade e não sofrer com as oscilações do mercado.
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Quais são os documentos necessários para fechar o câmbio de importação?
Para fazer o fechamento do câmbio na importação, é necessário, primeiro, que a empresa esteja habilitada no Portal Único Siscomex, além de ter informações de identificação das partes envolvidas na negociação, das mercadorias e os dados de pagamento, incluindo os códigos SWIFT e IBAN. A partir disso, sé exigida uma lista de documentos necessários pata o pagamento da importação.
Essa lista de documentos varia conforme cada tipo de operação. Vou listar aqui alguns dos principais:
Commercial Invoice (Fatura Comercial)
Esse documento celebra a operação comercial e, nele, deve conter as informações básicas declaradas na Fatura Proforma, junto com as demais informações e comprovações que fundamentam a importação. A Commercial Invoice é emitida pelo exportador, de preferência deve ser redigida em inglês, mas não precisa seguir um modelo global.
Comprovante de Importação (CI)
Emitido por meio do Siscomex, depois que é feito o registro do desembaraço dos produtos importados, esse documento é imprescindível para retirar a mercadoria da alfândega.
Conhecimento de Embarque (CE)
Também chamado de Bill of Lading (BL), esse documento é gerado pelo Armador do navio e comprova o recebimento da mercadoria. Além disso, estabelece as condições de contratação do transporte internacional, incluindo a entrega no destino preestabelecido.
Declaração de Importação (DI)
Esse documento reúne as informações pertinentes à importação e fundamenta o desembaraço aduaneiro. Ele é necessário em todos os casos de importações formais e precisa ser entregue pela empresa importadora.
Mas aqui vai uma observação importante: o processo de importação está passando por mudanças e, para alguns setores, já está valendo a apresentação da Declaração Única de Importação (Duimp).
Licença de Importação (LI)
Nem todas as importações precisam desse documento. Mas quando há necessidade, normalmente a licença é gerada automaticamente no ato do registro no Siscomex.
Observação importante: Acho válido ressaltar aqui que esses são apenas alguns exemplos de documentos que, geralmente, são solicitados para fechar o câmbio na importação. Mas existem outros que também podem ser solicitados. É como eu disse: cada tipo de importação demanda uma lista de documentos específica, assim como cada modalidade de pagamento.
Quais impostos incidem sobre o fechamento de câmbio na importação?
Uma operação de importação já envolve, por si só, alguns impostos inerentes à atividade, como o Imposto de Importação (II), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS e COFINS Importação, ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). No que se refere ao fechamento de câmbio, especificamente, existe um tributo em especial, que é o IOF (Imposto sobre Operações).
O IOF é um imposto que incide sobre operações de crédito, câmbio e seguros. No caso das transações de importação, o tributo é devido sobre a compra de moeda estrangeira, na liquidação da operação de câmbio para pagamento da importação.
Quanto custa para fechar o câmbio de importação?
Os custos para fechar o câmbio de importação podem variar dependendo da instituição financeira ou da empresa especializada em câmbio que você escolher. Varia também conforme as taxas de câmbio negociadas e os impostos aplicáveis em cada caso. É importante comparar as ofertas e calcular todos os custos envolvidos para garantir a economia.
Uma coisa é certa: todas as empresas, sem exceção, cobram para fazer o fechamento do câmbio na importação. Vejo sempre alguns anúncios prometendo “taxa zero nos fechamentos de câmbio”, mas eles não são verdadeiros. Todos cobram algum percentual de spread cambial, seja os bancos, as corretoras, as fintechs ou os correspondentes cambiais.
O que acontece é que há empresas que cobram taxas menores e maiores. Aqui na B2Gether, por exemplo, nossos clientes têm acesso a taxas de atacado, que normalmente são bem menores do que as praticadas pelos grandes bancos.
No geral, há duas cobranças realizadas nesse processo: a tarifa fixa e o spread cambial:
Tarifa fixa: essa cobrança pode ser feita pelas instituições financeiras a cada contrato de câmbio na importação. Ela representa um custo por operação.
Spread cambial: trata-se de uma tarifa percentual aplicada sobre a cotação comercial do dólar americano (ou do euro) no ato do fechamento do câmbio.
3 cuidados antes de fazer o fechamento de câmbio na importação
Estamos chegando ao fim do guia sobre fechamento de câmbio na importação e eu não poderia finalizar sem antes comentar algumas dicas para sua empresa fazer essa operação sempre com segurança e economia.
Separei três cuidados para você ficar atento(a) antes de fechar a transação.
1 – Feche sua operação com empresas autorizadas pelo Banco Central
O primeiro cuidado é procurar instituições financeiras e empresas especializadas que são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil. Fuja de opções não regularizadas, que oferecem opções de câmbio paralelo. Aparentemente, as cotações desse mercado podem parecer atrativas e vantajosas, mas a prática é ilegal e configura crime.
No mercado oficial, regulado pelo Banco Central, há excelentes opções de bancos, corretoras, fintechs, plataformas e empresas 100% especializadas em operações de câmbio (que atuam como correspondentes cambiais e intermediadoras), como é o caso da B2Gether, que ajuda você a reduzir custos, burocracias e a fazer a classificação correta das operações de câmbio.
2 – Procure empresas especializadas em câmbio que praticam taxas baixas
O segundo cuidado tem relação com a economia. Faça uma pesquisa, solicite diferentes cotações e escolha a opção que tem mais potencial de atender você bem, de forma rápida e personalizada, oferecendo taxas baixas.
Geralmente, os bancos tradicionais praticam spreads cambiais mais altos, que podem pesar sobre a rentabilidade da sua empresa e fazer você gastar mais. Aqui na B2Gether, conforme mencionei acima, nós praticamos taxas de atacado. Para fazer uma cotação sem compromisso, clique aqui.
3 – Feche sua operação no momento mais estratégico
O terceiro cuidado é de ordem prática e eu vejo muitas empresas tendo prejuízo por fecharem as operações no modo automático, sem acompanhar o mercado nem analisar o melhor momento. Se a taxa do dólar opera em alta hoje, mas temos previsões de que ela vai baixar amanhã, em virtude de um aumento de juros que será promovido pelo Banco Central, por exemplo, melhor aguardar para amanhã.
Mas só é viável fazer essa análise e tomar essa decisão se você monitorar os fatos e as notícias que mexem com as cotações. Caso falte tempo para isso no dia a dia, o ideal é você ter ao seu lado uma empresa especializada, que ofereça uma consultoria cambial e auxilie nessa missão de minimizar os custos das importações.
Faça o pagamento da sua importação com a B2Gether
A B2Gether é uma empresa 100% especializada em operações de câmbio e consultoria cambial, devidamente registrada no Banco Central e vinculada à Associação Brasileira de Câmbio (Abracam). É a opção ideal para intermediar seu fechamento de câmbio na importação com mais segurança, agilidade e economia.
Atendemos grandes, médias e pequenas empresas que fazem e recebem pagamentos internacionais, sempre oferecendo spreads de atacado. Nosso modelo de negócio é voltado para um atendimento personalizado e para uma relação de parceria.
Só nos últimos três anos, intermediamos mais de R$ 12,7 bilhões em operações de câmbio. Todo esse volume nos levou a ser uma das empresas que mais crescem no Brasil, segundo o Ranking EXAME 2024.
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