O câmbio na exportação é um processo financeiro internacional cuja operação consiste na conversão da moeda estrangeira para o real, com a finalidade de receber o pagamento pela venda de mercadorias no exterior. O funcionamento desse tipo de transação envolve algumas etapas, como a contratação do câmbio, a negociação de taxas e a liquidação. Para fazer com segurança e economia, é importante comparar cotações e escolher uma empresa de câmbio que pratica taxas baixas. Entenda tudo neste artigo!
O câmbio na exportação é uma etapa estratégica e imprescindível para empresas brasileiras que exportam produtos para clientes no exterior.
Eu costumo enfatizar a questão da estratégia, pois essa fase financeira no processo exportador dita o ritmo da rentabilidade da operação.
Ou seja, quanto menos taxas bancárias são cobradas no recebimento, maior é o lucro proporcionado à sua empresa pela disparidade do real em relação às moedas utilizadas nas negociações internacionais, geralmente o dólar e o euro.
Criei este artigo com o objetivo de detalhar o funcionamento do câmbio na exportação e, principalmente, mostrar o caminho de como rentabilizar as operações, com boas práticas de mercado.
Inclusive, caso você queira fazer uma cotação e contar com as menores taxas do mercado (bem menores que as praticadas pelos bancos tradicionais), clique no botão abaixo e fale com um dos nossos especialistas. Será um prazer atender você e sua empresa!
Neste artigo, você vai encontrar os seguintes tópicos:
Sumário
O que é câmbio na exportação?
O câmbio na exportação nada mais é que um processo financeiro internacional cuja operação consiste na conversão da moeda estrangeira para o real, com a finalidade de receber o pagamento pela venda de mercadorias no exterior.
Tecnicamente, no mercado de câmbio chamamos esse tipo de transação como operação de entrada, quando o exportador brasileiro recebe a transferência internacional de uma conta estrangeira, converte o valor e envia para uma conta bancária aqui no Brasil.
No contexto do comércio exterior, o câmbio é uma etapa não somente obrigatória, como estratégica. Além disso, esse processo financeiro envolve algumas etapas necessárias para cumprir exigências do Banco Central (BC), como cadastro financeiro, contratação do câmbio junto a uma instituição financeira autorizada e o envio de documentos comprobatórios.
Vou abordar tudo isso ao longo dos próximos tópicos.
Como funciona o câmbio na exportação?
O funcionamento do câmbio na exportação ocorre sob o gerenciamento de uma empresa especializada ou por uma instituição financeira autorizada. Detalhe importante: ambas as opções precisam ser registradas no Banco Central.
É justamente essa empresa (ou instituição) que vai viabilizar o recebimento do valor vindo de uma conta no exterior, reunindo a documentação comprobatória obrigatória, negociando os prazos, a taxa de câmbio e todos os demais trâmites necessários para fazer o contrato de câmbio e liquidar o processo de conversão.
Na prática, a operacionalização do câmbio na exportação envolve algumas etapas, como contratação, negociação e liquidação, que podem variar dependendo da modalidade de pagamento.
Como eu comentei no guia de fechamento de câmbio na importação, quando eu comecei a trabalhar no mercado de câmbio, lá em 2007, as operações de comércio exterior eram marcadas por muito mais burocracia e pela demora na liquidação. Hoje, com o Novo Marco Cambial e o surgimento de players que atuam como facilitadores, fazer o fechamento cambial tornou-se muito mais prático e simples. A burocracia ainda existe, mas é bem menor do que antes.
Como fazer o fechamento de câmbio na exportação?
Para fechar o câmbio na exportação é necessário, primeiro, contratar o serviço de câmbio, enviar toda a documentação comprobatória exigida, negociar as taxas, prazo e demais condições do contrato e, por fim, autorizar a liquidação do recebimento na conta da sua empresa aqui no Brasil.
Vou dividir cada uma dessas etapas para facilitar o entendimento desse processo cambial.
Etapas do fechamento de câmbio na exportação
Etapa 1 — Contratação do câmbio
A primeira etapa consiste na escolha da instituição financeira ou empresa especializada em câmbio registrada no BC, como é o caso da B2Gether.
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Nesse primeiro passo, o banco, a corretora ou a empresa especializada passa a cotação (quanto vai custar a conversão), a lista de documentos necessários (que comprovam e validam a transação) e os prazos para análise de compliance e liquidação no exterior.
Etapa 2 — Negociação das taxas
Na segunda etapa, o exportador pode negociar spreads, margens ou contratar um instrumento de proteção cambial (hedge), dependendo do caso. É importante avaliar os riscos cambiais de cada operação e verificar as opções disponíveis no mercado, como contrato a termo ou derivativos.
Além disso, é necessário ficar atento(a) ao Valor Efetivo Total (VET) da operação, que deve ser passada de forma transparente na etapa de cotação. Assim, você tem acesso ao custo final que vai incidir sobre o recebimento e consegue verificar se vale a pena.
Sempre digo que fazer câmbio no Brasil custa caro, porque geralmente as taxas cobradas são altas tanto nas operações de entrada, quanto nas de saída. Por isso, é muito importante escolher uma empresa que pratica spreads baixos (e justos) e adotar algumas boas práticas para economizar.
Etapa 3 — Liquidação da operação
A terceira etapa implica no recebimento do valor referente à exportação, em moeda estrangeira, com a devida conversão, em uma conta aqui no Brasil.
Na prática, a liquidação ocorre depois que o exportador acerta todas as condições, envia a documentação necessária e obtém a aprovação do compliance.
Após esse processo, a instituição financeira ou empresa especializada em câmbio faz o fechamento da operação (conversão da moeda estrangeira para a nacional) e transfere o valor para a conta do exportador.
Esse é o processo que chamamos de fechamento de câmbio na exportação, que pode sofrer algumas variações.
Por exemplo: se a operação é feita na modalidade “pronta”, a liquidação costuma ocorrer no mesmo dia ou dentro de um ou dois dias úteis (dependendo das condições).
Se for um recebimento “a termo”, a liquidação ocorre na data futura estipulada, dentro dos prazos regulamentares permitidos pelo Banco Central.
Quais são as modalidades do câmbio na exportação?
Existem diferentes formas em que o exportador pode receber pagamentos do exterior e conduzir a operação cambial. As principais modalidades são os recebimentos à vista, a prazo e antecipados.
Recebimentos à vista
Nesse caso, o exportador recebe o pagamento depois de apresentar a documentação e antes ou no momento do embarque da mercadoria. A operação de câmbio pode ser realizada logo após o recebimento da moeda estrangeira. Essa modalidade reduz o risco cambial para o exportador, uma vez que já sabe o montante que será convertido.
Recebimentos a prazo
Na liquidação do câmbio a prazo, o pagamento será recebido pelo exportador em uma data futura. Nesse caso, o fechamento do câmbio pode ser feito no momento do recebimento efetivo ou por antecipação (via contratos a termo, mecanismo que pode dar uma segurança maior em meio à oscilação cambial, mas que também pode custar mais em virtude de spreads mais elevados e outras tarifas).
Recebimentos antecipados
Outra modalidade é a antecipação do recebimento por meio de operações como, por exemplo, o Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) ou o Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE). Nesse formato de liquidação, o exportador recebe antecipadamente da instituição financeira, em moeda nacional, parte ou todo o valor da transação.
Quais são os documentos necessários para o câmbio na exportação?
Para receber o pagamento decorrente de uma exportação, é necessário apresentar os documentos exigidos pelas instituições financeiras. Os principais são o contrato entre as partes negociadoras, a invoice, a Declaração Única de Exportação, o Radar Siscomex, entre outros que podem ou não ser solicitados.
Atenção: a lista de documentos exigidos pode variar conforme a instituição financeira contratada, bem como de acordo com a complexidade de cada operação.
Neste artigo, você vai encontrar os seguintes tópicos:
Contrato de exportação ou pedido de compra internacional
Esse documento é firmado entre exportador e comprador estrangeiro, tendo como finalidade descrever objeto, valores, prazos, moeda, condições de pagamento e cláusulas contratuais. Serve, na prática, como respaldo para a operação cambial.
Fatura comercial (commercial invoice)
Já esse documento discrimina informações específicas sobre a exportação, como preço, quantidade, condições de entrega, moeda e demais dados comerciais do negócio internacional. É um dos instrumentos comerciais usados para registrar o câmbio.
Declaração Única de Exportação (DU-E) e registro no Siscomex
Trata-se de um documento eletrônico que reúne informações aduaneiras, administrativas, comerciais e tributárias de uma exportação, sendo indispensável para o despacho aduaneiro por meio do Portal Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior), bem como para a liquidação da operação de câmbio de entrada.
Qual é a taxa de câmbio utilizada na exportação?
A taxa de câmbio comercial é a utilizada nas operações de exportação. Também conhecida no mercado como dólar comercial, essa taxa nada mais é do que o preço da moeda estrangeira medido em reais, destinado a transações realizadas pelas empresas.
Com base nas cotações do mercado, a taxa aplicada em um contrato de câmbio de exportação é negociada entre o exportador e a instituição financeira, levando em consideração diversos fatores, como spreads praticados, riscos cambiais e eventuais prêmios.
Sempre gosto de destacar que essa taxa de câmbio tem base na cotação do momento, acrescida de uma margem percentual, que chamamos de spread. É por causa dessa margem que há diferença entre a cotação que você consulta no Google e a passada pelo banco.
Há instituições que cobram outras tarifas também e, infelizmente, nem sempre são transparentes nesse sentido. É por essas e outras que ressalto: escolha seu parceiro de câmbio com cuidado. Essa seleção fará uma grande diferença no seu caixa.
Qual é o valor do IOF cobrado no câmbio para exportação?
As operações de exportação são isentas da cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Ou seja, empresas exportadoras não precisam recolher o tributo no câmbio.
No entanto, recomendo você consultar sempre um especialista em câmbio antes de fazer o fechamento, pois a classificação da operação cambial precisa ser feita corretamente para evitar problemas fiscais e tributários.
Se precisar do suporte da B2Gether, ficamos à sua disposição. Fale com um especialista aqui.
Quanto custa para fechar o câmbio de exportação?
O custo para fechar o câmbio de exportação varia de acordo com a instituição financeira escolhida para fazer a operação. Tem banco que cobra mais taxas, outros que embutem tarifas adicionais.
De um modo geral, é difícil precisar o custo de um fechamento de câmbio na exportação de produtos, uma vez que a taxa de câmbio oscila a cada instante e todos os demais custos têm base nela.
Mas além da taxa cambial, você precisa ficar atento(a) ao spread cobrado pela instituição financeira. O spread nada mais é do que a margem que cobre os custos e garante o lucro do banco ou corretora. Quanto mais alto é o percentual dessa taxa, maior é o custo da transação e menor é o lucro da sua exportação.
Há casos em que tarifas fixas são cobradas também. Todos esses custos você consegue conferir no Valor Efetivo Total (VET).
Qual é o prazo para o fechamento de câmbio na exportação?
O prazo depende da modalidade utilizada: câmbio pronto ou câmbio futuro. Nas liquidações prontas, isto é, imediatas, a liquidação pode ser feita em até dois dias. Já na liquidação futura, o prazo máximo é de 365 dias após o embarque das mercadorias.
Todos os prazos e condições precisam ser negociados entre as partes e formalizados em um contrato de câmbio, observando as normas do Banco Central e as exigências de compliance da instituição financeira responsável pelo processo financeiro da transação internacional.
3 dicas para aumentar a rentabilidade no câmbio de exportação
Antes de finalizar este guia, eu quero deixar aqui três dicas fundamentais para pagar menos taxas bancárias no câmbio e rentabilizar melhor os pagamentos recebidos pelas suas exportações (maximizando o resultado cambial).
1 – Feche o câmbio com empresas autorizadas pelo Banco Central
Economia e conformidade regulatória devem sempre caminhar juntas nos fechamentos de câmbio. Por isso, gosto de reforçar às pessoas com quem converso a necessidade de fazer as operações apenas com instituições financeiras autorizadas e correspondentes cambiais supervisionados pelo Banco Central, como é o caso a B2Gether (BUSINESS 2 GETHER LTDA).
Utilizar agendes não autorizados pelo BC é um risco enorme de compliance e pode gerar problemas graves. Então, mesmo que as taxas estejam muito baixas e atrativas, se for uma instituição que atue de forma paralela, evite fazer negócios com o intermédio dela. É cilada.
2 – Comparar cotações e escolher empresas especializadas em câmbio
Embora as cotações nominais do mercado de câmbio sejam as mesmas para todas as instituições autorizadas, o VET (Valor Efetivo Total), ou seja, a cotação final da operação, varia entre elas. Por isso, de vez em quando é importante fazer uma comparação para verificar se sua taxa atual é competitiva ou se está muito acima da média.
Aqui na B2Gether, nós oferecemos esse serviço de cotação personalizada, de caráter indicativo e comparativo. Para solicitar, clique aqui.
Essa diferença nas taxas cobradas por cada instituição financeira muda em função do spread cambial praticado. Geralmente, as empresas 100% especializadas em câmbio, como a B2Gether, praticam spreads menores, oferecem melhores condições de negociação e potencializam o ganho cambial nas exportações em relação aos bancos tradicionais.
Isso porque o core business delas é única e exclusivamente o câmbio. Pode parecer algo trivial, mas faz muita diferença.
Escolha uma empresa de câmbio que garanta segurança, transparência e economia nos fechamentos de câmbio.
3 – Planejar e antecipar operações de câmbio
Não adianta apenas contar com taxas atrativas para economizar. É preciso também ter estratégia e isso envolve planejamento para capturar oportunidades de mercado, obter cotações melhores e aumentar o lucro no processo de câmbio.
Contudo, eu sei bem que acompanhar as notícias do mercado internacional, conhecer os instrumentos cambiais e negociar com o banco são tarefas que dão muito trabalho e tomam bastante tempo.
Para otimizar esse processo, recomend+o você ter ao seu lado uma empresa especializada em câmbio, para cuidar de todas essas etapas para você e ser a extensão do seu departamento financeiro na gestão e execução nas operações de câmbio.
Criei a B2Gether ao lado do meu sócio, Diego Zia, justamente para exercer essa função. Sem cobrar nenhum valor da sua empresa, fazemos a estruturação da operação e do fluxo financeiro internacional, a intermediação junto a um banco de câmbio parceiro, bem como o fechamento da transação. Ou seja, toda a parte burocrática e operacional fica conosco, sobrando mais tempo para você e sua equipe focar em outras tarefas.
Receba o pagamento da sua exportação com a B2Gether
A B2Gether é uma empresa referência em operações de câmbio no Brasil, inclusive para estruturar, intermediar e fechar transações financeiras de exportação.
Somos registrados no Banco Central como correspondentes em operações de câmbio, fomos selecionados pela ApexBrasil para ser prestadores de serviço aos exportadores na plataforma Brasil Exportação e fazemos parte do quadro de associados da Abracam (Associação Brasileira de Câmbio) e da BCCC (Brazil California Chamber of Commerce).
Nos últimos quatro anos, movimentamos mais de R$ 18,9 bilhões em operações de câmbio, resultado que nos levou a integrar o Ranking EXAME Negócios em Expansão 2024.
Ao optar por realizar suas operações cambiais de exportação com a B2Gether, você conta com os seguintes benefícios:
Taxas de câmbio competitivas: buscamos oferecer spreads menores em comparação às instituições tradicionais, com transparência sobre margens e sem custos ocultos (nas letras miúdas);
Segurança regulatória: somos uma empresa registrada no BC como correspondente em operações de câmbio de múltiplas instituições financeiras, atuando com conformidade regulatória e protocolos de compliance;
Suporte especializado: oferecemos consultoria cambial personalizada para exportadores que desejam otimizar seus resultados e minimizar riscos;
Flexibilidade de modalidades: permitimos operações de câmbio prontas e a termo, adaptando-se ao fluxo de exportação de cada cliente;
Processos ágeis e tecnológicos: integramos tecnologia com atendimento humano especializado para otimizar a burocracia operacional e acelerar as operações;
Transparência completa: você fica a par de todos os custos envolvidos, desde o spread, prazos e eventuais implicações tributárias, sem nenhuma surpresa.
Com a B2Gether, sua operação cambial para exportação pode render mais, ser mais segura e eficiente. Para falar com um dos nossos especialistas sobre o serviço de câmbio para exportação, preencha o formulário abaixo.
Perguntas Frequentes (FAQ) sobre Câmbio na Exportação
O câmbio na exportação é um processo financeiro internacional cuja operação consiste na conversão da moeda estrangeira para o real, com a finalidade de receber o pagamento pela venda de mercadorias no exterior.
O funcionamento do câmbio na exportação ocorre sob o gerenciamento de uma empresa especializada ou por uma instituição financeira autorizada. Esse processo envolve algumas etapas, como a contração do câmbio, a negociação das taxas e a liquidação da transação. Envolve, também, alguns passos burocráticos, como o cadastro financeiro, a validação da documentação comprobatória e o contrato de câmbio.
Existem diferentes formas em que o exportador pode receber pagamentos do exterior e conduzir a operação cambial. As principais modalidades são os recebimentos à vista, a prazo e antecipados.
Para receber o pagamento decorrente de uma exportação, é necessário apresentar os documentos exigidos pelas instituições financeiras. Os principais são o contrato entre as partes negociadoras, a invoice, a Declaração Única de Exportação, o Radar Siscomex, entre outros que podem ou não ser solicitados. Mas atenção, essa lista pode variar conforme a instituição financeira contratada, bem como de acordo com a complexidade de cada operação.
A taxa de câmbio comercial é a utilizada nas operações de exportação. Também conhecida no mercado como dólar comercial, essa taxa nada mais é do que o preço da moeda estrangeira medido em reais, destinado a transações realizadas pelas empresas.
O spread cambial consiste na diferença entre a taxa de câmbio da operação e a taxa praticada pelo mercado interbancário. Trata-se de uma forma que as instituições financeiras utilizam para cobrir os custos das transações internacionais e tirar o percentual de lucro sobre elas.
O prazo depende da modalidade utilizada: câmbio pronto ou câmbio futuro. Nas liquidações prontas, isto é, imediatas, a liquidação pode ser feita em até dois dias. Já na liquidação futura, o prazo máximo é de 365 dias após o embarque das mercadorias.





