O câmbio para PJ é uma modalidade financeira voltada para o fechamento de transferências internacionais realizadas por empresas, como importação, exportação, facilitação de pagamentos cross border e múltiplas remessas internacionais. Confira todas as informações neste artigo!
Se você atua como gestor, diretor financeiro ou empresário em uma empresa que realiza (ou planeja realizar) operações de câmbio, saiba que este artigo foi feito para você. Sou sócia-fundadora da B2Gether, uma empresa referência no Brasil em soluções de câmbio para PJ (Pessoa Jurídica), atuo há mais de 18 anos no setor cambial e quero compartilhar contigo informações importantes sobre esse mercado.
Veja, a seguir, os tópicos que vou abordar!
Sumário
O que é câmbio para PJ?
O câmbio para PJ é uma modalidade financeira voltada para o fechamento de transferências internacionais realizadas por empresas, tanto de entrada (recebimentos do exterior), quanto de saída (envios ao exterior).
Esse processo consiste na conversão do real em uma moeda estrangeira, ou vice-versa, para cumprir obrigações comerciais, financeiras ou patrimoniais.
Diferentemente das transações feitas por pessoas físicas, como a compra de moeda para fins de turismo, o câmbio para PJ é um pouco mais complexo, envolve obrigações legais e um controle maior para seguir as exigências do Banco Central (BC).
Em que situações uma empresa precisa fazer câmbio?
Toda negociação que envolve uma transferência internacional entre empresas demanda uma operação de câmbio, como nos casos de:
importações;
exportações;
pagamento de licenças internacionais;
compra de direitos de transmissão de TV;
facilitação de pagamentos cross border para ativos digitais e e-commerce;
compra de softwares do exterior;
entre outros exemplos.
Uma vez alguém me disse que “câmbio vendia mais que pãozinho” e, observando a grande quantidade de tipos de operações, percebo que essa frase é a mais pura verdade, pois vivemos um cenário altamente globalizado, com um fluxo transfronteiriço de dinheiro absurdo.
Só aqui na B2Gether, por exemplo, entre 2021 e 2024, intermediamos mais de R$ 18,9 bilhões em operações de câmbio para empresas.
Como funciona uma operação de câmbio para PJ?
O processo de câmbio para pessoa jurídica varia de acordo com cada tipo de operação, sempre visando garantir segurança e conformidade regulatória. Mas, no geral, as principais etapas envolvem: análise da operação, cotação, cadastro/documentação, fechamento e liquidação.
Veja mais detalhes a seguir.
1 – Análise da operação
Tudo começa com o entendimento da natureza da transação. Nessa etapa, o cliente PJ explica a demanda para a instituição financeira, que por sua vez busca compreender qual é o objetivo da operação para fazer o enquadramento correto, conforme o os códigos de classificação cambial.
2 – Cotação
Outro passo importante é quando a empresa pede uma cotação a um agente autorizado a operar no mercado de câmbio (como corretoras, bancos ou instituições intermediadoras, a exemplo da B2Gether).
A cotação é o custo para fazer ou receber a transação internacional, com base no câmbio comercial do momento.
Ela envolve, geralmente, o Valor Efetivo Total (VET), que soma a taxa do câmbio, os tributos incidentes, o spread cambial e outras tarifas adicionais (dependendo da instituição financeira escolhida).
3 – Cadastro e documentação
Dependendo do tipo de operação e do valor envolvido, para fechar o câmbio a empresa precisa apresentar documentos comprobatórios exigidos pela instituição financeira, como fatura comercial (invoice), contratos, comprovantes de origem e destinação dos recursos, entre outros.
A consultoria cambial especializada da B2Gether auxilia as empresas nesse processo de cadastro, fazendo o “meio de campo” com o banco, organizando a documentação necessária e reduzindo riscos de erros, atrasos ou questionamentos por parte do banco, BC ou da Receita Federal.
4 – Fechamento
Se a cotação apresentada for aprovada pela empresa e a documentação estiver ok, o próximo passo consiste no fechamento da operação.
A taxa de câmbio é fixada, o prazo de liquidação é estabelecido (D0, D1, D2 etc.), o contrato de câmbio é gerado e, dessa forma, todo o processo da transferência já fica no jeito para ser finalizado.
4 – Liquidação
Por fim, após o fechamento, vem a etapa de liquidação, momento em que o valor em reais é entregue, via transferência, pelo cliente à instituição financeira, que então converte o valor para a moeda estrangeira escolhida e faz o envio à conta do beneficiário no exterior (no caso de uma importação, por exemplo) ou repassa os recursos recebidos à conta da empresa aqui no Brasil (no caso de uma exportação).

Quais são os principais tipos de câmbio para as empresas?
As operações de câmbio para PJ mais comuns são as de comércio exterior, como pagamentos de importação de produtos e serviços, além dos recebimentos por exportação.
Mas além delas, existe uma ampla lista de transações. Apresentamos as principais a seguir.
Câmbio para importação
O câmbio para importação é uma etapa indispensável para empresas que compram produtos, insumos, equipamentos ou contratam serviços no exterior. Esse processo financeiro internacional é utilizado para pagar fornecedores fora do Brasil.
Clique aqui e acesse nosso guia sobre fechamento de câmbio na importação!
Câmbio para exportação
Já o câmbio para exportação é imprescindível para empresas que vendem produtos para clientes no exterior e precisam receber o pagamento em uma conta aqui no Brasil.
Câmbio para pagamento de fretes internacionais
Empresas que importam ou exportam produtos precisam fazer o câmbio para pagar os fretes internacionais. O pagamento a armadores ou agentes logísticos no exterior exige o processo cambial.
Câmbio para prestadores de eFX e Instituições de Pagamentos (IPs)
Empresas que atuam com intermediação e processamento de pagamentos internacionais (como é o caso das facilitadoras, das IPs e demais prestadores de eFX) também precisam de soluções cambiais para remeter os recursos ao exterior.
Esse processo cross border é realizado por meio de um método conhecido como Mass Payments e envolve uma série de exigências, como processos de compliance rigorosos e o preenchimento correto da ACAM220.
Para saber o que são mass payments, clique aqui!
Câmbio para a compra e venda de direitos de transmissão
O câmbio para a compra e venda de direitos de transmissão é um serviço muito importante para empresas de mídia como emissoras de TV e plataformas de streaming, que precisam pagar pelo uso de conteúdo internacional.
Câmbio para a compra de licenças internacionais
O processo de câmbio para a compra e venda de licenças internacionais também é uma operação financeira imprescindível para a execução de contratos de licenciamento de patentes, produtos, marcas, franquias, softwares, royalties, entre outros.
Câmbio para receber monetização do YouTube
Empresas e criadores de conteúdo que recebem pagamentos em dólar de plataformas como YouTube e Twitch, por exemplo, precisam fazer o câmbio para os recursos caírem em suas contas aqui no Brasil, em reais.
Quais são as modalidades de câmbio para PJ?
No mercado brasileiro, as principais modalidades de câmbio para PJ englobam as operações de liquidação pronta, futura e contratos de derivativos cambiais. Veja mais detalhes a seguir:
Câmbio Pronto (à vista): quando a liquidação ocorre em até dois dias úteis;
Câmbio Futuro (com trava de câmbio): quando a empresa fixa hoje a taxa de câmbio para uma operação que será liquidada no futuro, protegendo-se das oscilações do mercado e garantindo uma maior previsibilidade;
Contratos de derivativos cambiais: como NDFs (Termo de Moedas) e swaps cambiais, utilizados principalmente por empresas que fazem hedge cambial para proteger fluxo de caixa.
Veja aqui quais são os 3 principais tipos transações cambiais no Brasil!
Quais fatores encarecem o câmbio para as empresas?
Costumo dizer que fazer câmbio no Brasil custa caro. Embora a cotação comercial seja menor que a de turismo, ainda assim o conjunto de custos embutidos na taxa de câmbio deixa a transação “bem salgada”. Veja os principais a seguir!
Fatores que deixam o câmbio mais caro:
Taxa de câmbio do dia (flutuante, oscila o tempo todo);
Spread bancário (margem de custo e lucro cobrada percentualmente pela instituição financeira);
IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e, alguns casos, outros tributos;
Custo de transferência internacional (tarifa cobrada de forma adicional em alguns casos);
Momento do mercado (múltiplos fatores podem influenciar na formação da taxa de câmbio, como falas de autoridades, guerras, crises financeiras e inflacionárias etc).

Quais são os maiores desafios enfrentados por uma PJ no câmbio?
Com base na minha experiência de quase duas décadas trabalhando com câmbio, percebo que os maiores desafios enfrentados pelas empresas que precisam realizar operações de câmbio sejam os seguintes:
O alto custo em virtude da fragilidade do real perante as moedas fortes e as altas taxas bancárias cobradas (principalmente pelos grandes bancos);
A falta de transparência em torno dos percentuais de spreads embutidos na taxa de câmbio;
A demora, muitas vezes desnecessária, da liquidação das operações por burocracias excessivas;
Os problemas de documentação e cadastro de merchants (clientes no exterior), por divergências com os bancos ou dificuldades de conseguir toda a documentação solicitada;
A falta de uma consultoria cambial especializada e personalizada.
Quais são os erros mais comuns cometidos por PJ no câmbio?
É muito comum as empresas não investirem na gestão cambial, deixando de prestar atenção em fatores essenciais, como:
Fechar o câmbio com instituições financeiras sem especialização em câmbio para PJ;
Escolher o banco por conveniência (porque já tem conta na instituição) e não verificar as taxas cobradas;
Ignorar o melhor momento do mercado para realizar a operação e fazer o fechamento “no modo automático”;
Não cobrar mais transparência dos bancos e corretoras, deixando passar taxas desnecessárias nas letras miúdas dos contratos de câmbio.
Algumas dicas para evitar esses erros, com base na minha experiência, são:
Planeje suas operações com antecedência;
Compare cotações em diferentes instituições financeiras;
Acompanhe as notícias do mercado diariamente; e
Tenha ao seu lado o suporte de uma empresa especializada em câmbio, que oferece assessoria cambial.
Confira aqui 3 dicas de câmbio para as empresas economizarem nas operações!
Como escolher uma empresa de câmbio para PJ?
A escolha da empresa de câmbio ideal é o principal desafio de uma pessoa jurídica que precisa fazer ou receber pagamentos internacionais.
No mercado brasileiro, existe uma grande variedade de bancos tradicionais, bancos de câmbio, corretoras e empresas especializadas em intermediação cambial.
Como em todo processo de seleção, a melhor alternativa para o seu negócio depende de uma série de fatores, como, por exemplo, a experiência no ramo de atividade do seu negócio, perfil de atendimento e especialização no tipo de operação que sua empresa precisa realizar.
Antes de escolher um parceiro para operar o câmbio, é muito importante verificar se a empresa:
É autorizada pelo Banco Central a operar câmbio no Brasil;
Tem experiência no mercado de câmbio empresarial para lidar com operações complexas;
Oferece consultoria cambial personalizada;
Dá o suporte necessário ao longo de todo o processo cambial, do pré ao pós-fechamento da operação.
Caso você tenha dificuldade para fazer a escolha, o melhor caminho é firmar parceria com uma empresa 100% especializada em intermediar operações de câmbio, como é o caso da B2Gether.
Como atuamos no mercado em parceria com múltiplos bancos e corretoras, ajudamos você a encontrar a melhor instituição para cada tipo de operação.
Além disso, pelo fato de movimentarmos um grande volume de transações, conseguimos reduzir seus custos com spreads menores junto aos nossos bancos parceiros.
Quais são as taxas de câmbio para PJ?
As taxas de câmbio para PJ variam de acordo com o volume da operação, o tipo de transação e a instituição financeira selecionada. Geralmente, os grandes bancos costumam cobrar spreads mais altos e tarifas adicionais.
Com a B2Gether, é possível reduzir bastante os custos, pois conseguimos spreads cambiais menores com nossos bancos e corretoras parceiros. Além do mais, você conta com uma consultoria especializada para planejar o momento ideal de fechamento, minimizando perdas e potencializando a rentabilidade.
Qual banco é mais vantajoso para fazer câmbio para PJ?
A resposta depende do perfil da sua empresa, do volume que ela transaciona e dos tipos de operações que precisa fazer. O fato é que nem sempre fechar sua operação com os grandes bancos é a opção mais vantajosa.
Isso porque, normalmente, eles não são especializados em câmbio e possuem processos de atendimento padronizados, o que pode fazer você pagar mais caro e atrasar a transação. Além disso, os spreads geralmente praticados pelos “bancões” são bem maiores.
Com a B2Gether, sua empresa tem acesso a uma rede de parceiros financeiros (entre eles bancos e corretoras de câmbio) e consegue realizar o fechamento de câmbio com a melhor condição disponível no mercado, de forma transparente, econômica e ágil.
O que torna a B2Gether a melhor parceira em câmbio para PJ?
A B2Gether é uma empresa brasileira especializada em intermediação cambial, com foco exclusivo no atendimento a PJs. Ao longo dos últimos quatro anos, desenvolvemos uma metodologia própria que alia tecnologia, inteligência de mercado e atendimento consultivo.
Esses são os diferenciais que colocam a B2Gether em posição de destaque no setor cambial:
Consultoria cambial personalizada: atendimento próximo, com analistas experientes que buscam entender o seu negócio;
Redução de custos nas operações: em média, empresas que operam com a B2Gether economizam até 30% a mais todos os anos, deixando de pagar tarifas bancárias excessivas e desnecessaárias;
Intermediação completa da operação: da análise ao fechamento do câmbio, a B2Gether oferece suporte e cuidando de todas as etapas, incluindo o enquadramento cambial para evitar problemas futuros;
Atendimento rápido e humanizado: nosso atendimento é feito por especialistas em câmbio, pelo canal da sua preferência (WhatsApp, e-mail etc.);
Transparência e foco em resultado: somos muito comprometidos com o sucesso dos nossos clientes;
Extensão dos departamentos financeiros: cuidamos da intermediação cambial junto aos bancos, para que sua empresa tenha mais tempo para se dedicar a tarefas estratégicas.
Para conhecer melhor nossas soluções de câmbio para empresas, preencha o formulário abaixo e receba o retorno da nossa equipe!
Perguntas Frequentes (FAQ) sobre câmbio para PJ
O processo de câmbio para PJ (Pessoa Jurídica) varia de acordo com cada tipo de operação. Mas, no geral, as principais etapas envolvem: análise da operação, cotação, cadastro/documentação, fechamento e liquidação da transação no exterior.
As operações de câmbio para PJ mais comuns são as de comércio exterior, como pagamentos de importação de produtos e serviços, além de recebimentos por exportação. Pagamentos internacionais de serviços também tem um volume expressivo de operações, como transações eFX para plataformas de e-commerce internacionais, compra de direitos de transmissão de eventos de entretenimentos, entre outros exemplos.
O fechamento de câmbio para empresas envolve um conjunto de custos que oneram a operação, como a taxa de câmbio do dia, que é flutuante e oscila o tempo todo; o spread cambial, que nada mais é que a margem de custo e lucro cobrada pela instituição financeira; o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras); entre outras tarifas que podem ser cobradas.
A escolha da empresa de câmbio ideal é o principal desafio de uma pessoa jurídica que precisa fazer ou receber pagamentos internacionais. No mercado brasileiro, existe uma grande variedade de bancos tradicionais, bancos de câmbio, corretoras e empresas especializadas em intermediação cambial, como é o caso da B2Gether. Para escolher a melhor opção, é necessário avaliar a experiência da empresa no seu ramo de atividade, o perfil de atendimento e a especialização no tipo de operação que sua empresa precisa fazer.
No câmbio pronto, a transação é liquidada em até dois dias úteis, enquanto no câmbio futuro a operação é fechada para uma data posterior, com a taxa pré-fixada.
O spread cambial consiste na diferença entre a taxa de câmbio da operação e a taxa praticada pelo mercado interbancário. Trata-se de uma forma que as instituições financeiras utilizam para cobrir os custos das transações internacionais e tirar o percentual de lucro sobre elas.
Sim, a B2Gether atende pequenas, médias e grandes empresas nacionais e internacionais.